Sleepy Uma grande sonolência me chega neste momento. Ceder para o momento. Momento pensado, lapidado e dado`a ser visto ao vivo e agora. Parece tudo uma grande improvisação, por que? Porque parece desprovido de um fim, não há um sentido único e certeiro. Há a experiência-sentida-sentimento-entrega de vida-morte, mas não a morte holywoodiana, não sei que outras mortes vêm, mas não interessa se estou indo para a morte, falando dela - a vida, mas estou aqui dançando, estou nela. Alguém pode se ater e vê-la, a dança. Alguém pode parar e sentí-la, eu no meu corpo. Eu e eu, juntos na dança, que é da natureza, da terra, do sol e da água que jorra sem parar. Pode ser neve, pedregulho, poeira, gengibre, flores em galhos murchos que bóiam na beira do riacho. Música, gente, cheiro e tempo. Mas o riacho, o galho, o peixe que me olha, pode ser outro. Não este. Eu quero ser este ou aquele. Talvez, mas com um Sim, sabendo que não vem. Leticia Sekito, julho de 2010.